DEPRESSÃO ACELERA ENVELHECIMENTO.

Depressão acelera envelhecimento de células, diz estudo

Pesquisadores holandeses e americanos identificaram mudanças em estrutura celular.

Da BBC
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Depressão (Foto: BBC)Células parecem ser mais velhas em quem já
sofreu de depressão grave, diz estudo (Foto: BBC)
Um estudo de cientistas holandeses e americanos sugere que a depressão pode acelerar o processo de envelhecimento das células.
Exames de laboratório mostram que as células parecem ser biologicamente mais velhas em pessoas que sofreram ou sofrem de depressão grave.
Os pesquisadores detectaram essas diferenças em uma estrutura das células chamada telômero. O comprimento delas é usado para medir o envelhecimento celular.
Os especialistas já sabiam que pessoas que sofrem de depressão têm um maior risco de desenvolver doenças ligadas ao envelhecimento, como alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardíacas.
Isso pode ser consequência, em parte, de um estilo de vida pouco saudável, que incluiria também o consumo de bebidas alcoólicas e o sedentarismo.
O estudo foi publicado a revista especializada "Molecular Psychiatry".
Telômeros curtos
Josine Verhoeven, do Centro Médico da Universidade VU, na Holanda, junto com colegas americanos, recrutou 2.407 pessoas para participarem do estudo.
Mais de um terço dos voluntários sofria de depressão; um terço tinha passado por um caso grave de depressão; e o restante nunca havia tido a doença.
Os participantes cederam uma amostra de sangue para análise, em busca de alterações nos telômeros e, portanto, sinais de envelhecimento celular.
Os telômeros protegem os cromossomos (que contêm o DNA) de possíveis danos. À medida que as células se dividem, eles vão ficando cada vez mais curtos.
Os voluntários que estavam com depressão ou já tinham sofrido com a doença no passado tinham telômeros bem mais curtos do que aqueles que nunca haviam passado por isso. Essa diferença era aparente mesmo quando levadas em conta diferenças no estilo de vida, como o fato de alguns indivíduos fumarem ou beberem muito.
Além disso, os pesquisadores descobriram que os pacientes com casos de depressão bem mais graves ou crônicos tinham os telômeros mais curtos entre todos os voluntários.
Reação à angústia
Verhoeven e os outros cientistas especulam que os telômeros mais curtos podem ser uma consequência da reação do corpo à angústia causada pela depressão.
"Esse estudo em larga escala fornece provas convincentes de que a depressão está associada a muitos anos de envelhecimento biológico, especialmente entre aquelas pessoas que sofrem com os sintomas mais graves e crônicos", dizem os autores no estudo.
Ainda não está claro, porém, se esse processo de envelhecimento pode ou não ser revertido.
A médica britânica Anna Phillips, especialista da Universidade de Birmingham, pesquisou os efeitos do estresse no comprimento dos telômeros. Segundo ela, o comprimento dessa estrutura celular não fornece uma previsão consistente para outros problemas, como o risco de morte.
Anna também afirmou que é provável que um grande problema de saúde relacionado à depressão – não um episódio ou uma vida inteira com sintomas moderados – desencadeie a redução dos telômeros.

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