UM PASSO CONTRA A DEPRESSÃO( PARTE1)


Um passo contra a depressão



Pouco interesse pela vida, tristeza, falta de energia - esses sintomas, capazes de atrapalhar a vida de tanta gente, podem ser tratados com eficácia. Não, não estamos falando de um remédio de ponta, mas da caminhada

por Thais Szegö | design Giovanni Tinti e Eder Redder | fotos Beto Hacker



A prescrição é simples: vista uma roupa confortável, calce um tênis com amortecimento e passe um protetor solar. Dirija-se ao parque mais próximo ou, quem sabe, à praça do bairro. Agora é só caminhar e curtir o bem-estar proporcionado pelo exercício. Essa receita parece fácil, mas é dificílima para quem sofre com a depressão e não tem a menor vontade de sair de casa. Apesar disso, essa turma deve se esforçar para vencer a prostração. Valerá a pena. Alguns trabalhos científicos feitos ao redor do mundo comprovam que caminhar afasta o baixo-astral causado pela doença. Um dos mais recentes é assinado pelo Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Os pesquisadores recrutaram 80 voluntários de 20 a 45 anos com diagnóstico de depressão, que foram divididos em cinco grupos. Um deles praticou caminhadas moderadas três vezes por semana. O segundo caminhou também, mas cinco vezes por semana. O terceiro e o quarto grupo praticaram outros tipos de exercício de baixa intensidade, como aulas de fitness leves, também três e cinco vezes por semana, respectivamente. A quinta e última turma fez sessões de alongamento por cerca de 20 minutos, três vezes por semana.
Passados três meses, quem caminhou tanto três quanto cinco vezes por semana apresentou sintomas 47% menos intensos de depressão, comparando os testes psicológicos feitos antes da experiência e depois. Os dois grupos do fitness leve melhoraram, em média, 30% — ligeiramente mais do que a turma que se alongou, que apresentou uma diminuição de 29% dos sintomas.
Pode parecer estranho mensurar sinais da depressão, mas esse é um sistema usado pelos especialistas. E, segundo eles, o sucesso da caminhada é comparável aos bons resultados obtidos com antidepressivos vendidos em farmácia. Esse exercício pode ser um dos melhores tratamentos para quem apresenta quadros moderados da doença.
A QUÍMICA DA CAMINHADA
Essa é a teoria dos especialistas para explicar os ótimos resultados desse exercício nas depressões leves
NA CRISE
O cérebro do deprimido é mais pobre em serotonina e dopamina, duas substâncias que promovem a comunicação entre os neurônios. A primeira produz sensações como a de alegria, além de ser sedativa e calmante. A segunda proporciona energia e disposição.
QUEM CAMINHAQuando caminhamos, a massa cinzenta parece liberar dosagens maiores que as habituais dessa dupla. Mas é importante que o exercício seja freqüente para manter a disposição, no caso dos deprimidos.

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