UM PASSO CONTRA A DEPRESSÃO( PARTE1)
Um passo contra a depressão
Pouco interesse pela vida, tristeza, falta de energia - esses sintomas, capazes de atrapalhar a vida de tanta gente, podem ser tratados com eficácia. Não, não estamos falando de um remédio de ponta, mas da caminhada
por Thais Szegö | design Giovanni Tinti e Eder Redder | fotos Beto Hacker
Passados três meses, quem caminhou tanto três quanto cinco vezes por semana apresentou sintomas 47% menos intensos de depressão, comparando os testes psicológicos feitos antes da experiência e depois. Os dois grupos do fitness leve melhoraram, em média, 30% — ligeiramente mais do que a turma que se alongou, que apresentou uma diminuição de 29% dos sintomas.
Pode parecer estranho mensurar sinais da depressão, mas esse é um sistema usado pelos especialistas. E, segundo eles, o sucesso da caminhada é comparável aos bons resultados obtidos com antidepressivos vendidos em farmácia. Esse exercício pode ser um dos melhores tratamentos para quem apresenta quadros moderados da doença.
A QUÍMICA DA CAMINHADA Essa é a teoria dos especialistas para explicar os ótimos resultados desse exercício nas depressões leves NA CRISE O cérebro do deprimido é mais pobre em serotonina e dopamina, duas substâncias que promovem a comunicação entre os neurônios. A primeira produz sensações como a de alegria, além de ser sedativa e calmante. A segunda proporciona energia e disposição. QUEM CAMINHAQuando caminhamos, a massa cinzenta parece liberar dosagens maiores que as habituais dessa dupla. Mas é importante que o exercício seja freqüente para manter a disposição, no caso dos deprimidos. |
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