MEDICAMENTOS PARA TRATAR A DEPRESSAO
Os
medicamentos podem ser muito úteis no tratamento de distúrbios de
ansiedade, e são muitas vezes utilizados em conjunto com terapia. Por
vezes, os anti-depressivos ou os anxiolíticos (medicamentos
anti-ansiedade) são prescritos para aliviar sintomas graves, pelo que
outras formas de terapia não são eficazes. Dependendo da pessoa, a
medicação pode ser uma opção de tratamento a curto prazo ou a longo
prazo.
Se está a sofrer de um distúrbio de ansiedade,
poderá fazer frente a esse problema tomando medicação. Visto que a
preocupação excessiva é uma característica marcante dos distúrbios de
ansiedade, não é incomum este problema tornar-se um foco de preocupação.
E porque a preocupação excessiva é
frequentemente associada à procrastinação e à dificuldade em tomar
decisões, a tarefa de decidir acerca do recurso à medicação no
tratamento pode tornar-se ainda mais difícil.
O tratamento da ansiedade através de medicação é geralmente seguro e eficaz.
No entanto, isso leva o seu tempo e implica paciência até encontrar o
medicamento que melhor resulta para si. Continue a pesquisar e a
encontrar mais informações para decidir-se mais facilmente.
A primeira linha de tratamento para o
distúrbio de ansiedade é muitas vezes a terapia cognitivo-comportamental
ou TCC. Trata-se de um tratamento comprovadíssimo, altamente eficaz e
duradouro. No entanto, algumas pessoas acham que os níveis
excessivamente altos de ansiedade tornam-nos incapazes de tirar o máximo
proveito deste tipo de tratamento. Podem esquivar-se às sessões de
tratamento ou sentirem-se incapazes de concluir o trabalho de casa
indicado pelo terapeuta. Neste caso, a medicação pode auxiliar os níveis
globais de ansiedade e permitir uma plena participação no TCC.
Aqueles que não têm acesso ao TCC ou
aqueles que não obtiveram uma resposta satisfatória quanto a isso podem
também tirar partido de um tratamento através de medicação.
Considerar a medicação
Converse com o seu médico acerca da medicação no caso de sofrer de insónia significativa, a qual está frequentemente associada a um distúrbio de ansiedade generalizado ou DAG. Angustiados por uma preocupação excessiva e recorrente, as pessoas que apresentem um DAG concentram-se normalmente nas actividades quotidianas, tal como o que não foi feito, o que correu mal, o que é necessário fazer no dia seguinte e em coisas desse género.
As pessoas descrevem esta doença como
uma dificuldade em desligar a sua mente e, muitas vezes, têm dificuldade
em adormecer. Demonstrou-se que incrementar o melhoramento do sono
diminui a ansiedade e os sintomas depressivos e que isso pode
frequentemente ser alcançado através de um tratamento baseado em
medicação. Muitas vezes a depressão complica a ansiedade crónica.
Não ignore sintomas depressivos tais
como a tristeza, surtos de lacrimejar, uma baixa auto-estima e
sentimentos de culpa ou de desespero. A medicação é muitas vezes útil na
diminuição dos sintomas de ansiedade e no alívio dos sintomas da
depressão. Muitos medicamentos utilizados no tratamento da ansiedade
provêm da categoria da medicação anti-depressiva, pelo que podem ser
utilizados efectivamente no tratamento de ambas as doenças.
A variedade de medicações
São utilizadas quatro categorias
principais de medicação no tratamento dos distúrbios de ansiedade: os
benzodiazepínicos, os anti-depressivos tricíclicos, os inibidores
selectivos da recaptura de serotonina (ISRS), inibidores da recaptura de
noradrenalina e serotonina (IRNS).
Os benzodiazepínicos
Introduzidos na década de 60, os
benzodiazepínicos (tais como alprazolam, clonazepam, diazepam e
lorazepam) são frequentemente utilizados num controlo a curto prazo da
ansiedade, tal como em procedimentos médicos menores. São altamente
eficazes na promoção do relaxamento e na diminuição da tensão muscular e
de outros sintomas físicos da ansiedade. Um uso a longo prazo pode
requerer o aumento das doses para suprir o mesmo efeito, o que pode
conduzir a problemas relacionados com a tolerância e a dependência. Uma
interrupção abrupta pode resultar numa supressão significativa dos
sintomas, incluindo a repercussão da ansiedade e da insónia.
Os anti-depressivos tricíclicos
Preocupações acerca da utilização a
longo prazo de benzodiazepínicos levaram muitos médicos a preferirem os
anti-depressivos tricíclicos como a amitriptilina, a imipramina e a
nortriptilina. Embora sejam eficazes no tratamento da ansiedade, podem
causar efeitos secundários, incluindo a hipotensão ortostática (redução
excessiva da pressão arterial ao adoptar a posição vertical),
obstipação, retenção urinária, boca seca e visão turva.
Os ISRS
A introdução do primeiro inibidor
selectivo da recaptura da serotonina, ou seja o ISRS, no que diz
respeito ao tratamento da depressão na década de 80, levou a testar esta
categoria de medicação para o tratamento dos distúrbios de ansiedade.
Os ISRS aliviam os sintomas ao
bloquearem a reabsorção, ou recaptura, de serotonina por determinadas
células nervosas no cérebro. Isso deixa mais serotonina disponível, o
que aumenta a neurotransmissão – o envio de impulsos nervosos – e
melhora a disposição. Os IRSS são “selectivos” visto que afectam somente
a serotonina e não os outros neurotransmissores.
Os IRSS ganharam rapidamente
popularidade entre os médicos e os pacientes por produzirem, geralmente,
poucos efeitos secundários, especialmente quando comparados com os
anti-depressivos tricíclicos. No entanto, os efeitos secundários comuns
incluem insónia ou sonolência, disfunção sexual e aumento de peso. O
citalopram, o escitalopram, a fluoxetina, a paroxetina e a sertralina
estão incluídos na categoria dos IRSS. São considerados um tratamento
eficaz para todos os distúrbios de ansiedade, embora o tratamento do
distúrbio obsessivo-compulsivo, ou DOC, requeira, normalmente, doses
maiores.
Os IRNS
A categoria dos inibidores da recaptura
de noradrelina e serotonina, ou seja, os IRNS, é notável para um
mecanismo duplo de acção: aumenta os níveis de serotonina e de
noradrelina neurostransmissores ao inibir a sua reabsorção pelas células
no cérebro. A venlafaxina e a duloxetina inserem-se nesta categoria.
Tal como acontece com outros medicamentos, podem registar-se efeitos
secundários, tais como indisposição gástrica, insónia, cefaleia,
disfunção sexual e um menor aumento da pressão arterial. Estes
medicamentos são considerados tão eficazes quanto os ISRS, pelo que são
considerados, igualmente, um tratamento de primeira linha, em particular
no que diz respeito ao tratamento do distúrbio de ansiedade
generalizado.
As opções adicionais
Além das opções acima mencionadas, existem outros medicamentos utilizados no tratamento dos distúrbios de ansiedade.
A buspirona é comummente utilizada no tratamento do distúrbio de
ansiedade generalizado. Embora leve mais tempo do que as benzodiazepinas
a surtir um efeito anti-depressivo (geralmente de três a quatro
semanas), não tem sido associada a problemas de tolerância ou de
dependência.
Alguns psiquiatras estão actualmente a
prescrever a nova categoria de antipsicóticos, conhecidos como os
antipsicóticos de “secunda geração” ou “atípicos”, em doses baixas no
tratamento da ansiedade. Esta categoria inclui o aripiprazol, a
olanzapina, a paliperidona, a quetiapina, a risperidona e a ziprasidona.
Estes medicamentos podem ser especialmente eficazes no tratamento da
preocupação contemplativa e para ajudar a dormir.
Tomar uma decisão
Se, em conjunto com o seu médico,
decidiu-se pela medicação como uma opção de tratamento, têm um leque de
escolhas à sua disposição. Em conjunto com o seu médico, encontrem a
medicação mais adequada para si. Com paciência e persistência,
encontrará um tratamento que o(a) ajudará a aliviar os sintomas de
ansiedade.
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