ESTUDO TRAÇA EFEITO DO ESTÍMULO CEREBRAL CONTRA DEPRESSÃO (PARTE1)
Estudo traça efeitos do estímulo cerebral contra depressão
Estudos buscam entender resposta de pacientes com depressão à estimulação de região responsável pela liberação de hormônios no cérebro
Toronto - Qual seria a resposta à estimulação cerebral profunda (DBS,
na sigla em inglês) em regiões específicas do cérebro de pacientes com
sintomas de depressão?
Essa estimulação modificaria a resposta em animais experimentais
induzidos a estresse? Quais seriam as alterações relacionadas aos
hormônios produzidos na região do hipotálamo e na hipófise?
Essas são perguntas que os pesquisadores Luciene Covolan, da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em São Paulo, e Clement
Hamani, professor de neurocirurgia da Universidade de Toronto, no
Canadá, pretendem responder durante um projeto de pesquisa desenvolvido
em cooperação por meio do acordo firmado em 2011 entre a FAPESP e a
universidade canadense.
O projeto foi apresentado durante o primeiro simpósio da Fapesp Week 2012, realizado em Toronto, Canadá, em 17 de outubro. Há cerca de um ano, Covolan e Hamani adotaram um modelo para estudo da depressão que envolve a aplicação da DBS em região denominada córtex pré-frontal de ratos submetidos a estresse crônico contínuo, com sintomas de depressão.
A conclusão dos primeiros experimentos, publicada em 2012 na revista Biological Psychiatry, mostrou resultados significativos na redução da anedonia (perda da sensação de prazer) – indicadora do estado de depressão – e apresentou um novo desafio: estabelecer o mecanismo envolvido na redução dos sintomas da depressão pela aplicação da DBS.
Estimulados pelos revisores do artigo e pelo editor do periódico, os pesquisadores decidiram realizar novos testes, que levaram à identificação do cortisol como a principal substância envolvida no mecanismo celular pelo qual a corrente elétrica aplicada em determinadas regiões do cérebro dos animais experimentais tem o efeito de reduzir os sintomas da depressão. A ideia é estabelecer o funcionamento desse mecanismo.
O projeto foi apresentado durante o primeiro simpósio da Fapesp Week 2012, realizado em Toronto, Canadá, em 17 de outubro. Há cerca de um ano, Covolan e Hamani adotaram um modelo para estudo da depressão que envolve a aplicação da DBS em região denominada córtex pré-frontal de ratos submetidos a estresse crônico contínuo, com sintomas de depressão.
A conclusão dos primeiros experimentos, publicada em 2012 na revista Biological Psychiatry, mostrou resultados significativos na redução da anedonia (perda da sensação de prazer) – indicadora do estado de depressão – e apresentou um novo desafio: estabelecer o mecanismo envolvido na redução dos sintomas da depressão pela aplicação da DBS.
Estimulados pelos revisores do artigo e pelo editor do periódico, os pesquisadores decidiram realizar novos testes, que levaram à identificação do cortisol como a principal substância envolvida no mecanismo celular pelo qual a corrente elétrica aplicada em determinadas regiões do cérebro dos animais experimentais tem o efeito de reduzir os sintomas da depressão. A ideia é estabelecer o funcionamento desse mecanismo.
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