QUANDO A MENTIRA VIRA DOENÇA.
Quando a mentira vira doença
Quando a mentira vira doença
Por que as
pessoas mentem?
Talvez os mais moralistas vão dizer que:
“sempre devemos dizer a verdade”, é fato que todos nós mentimos muitas vezes ao
longo da nossa vida. Mentimos por que a verdade nos é inconveniente, para não
magoar as pessoas, para evitar conflitos entre terceiros, ou por tantos outros
motivos que possam existir. O certo é que se todos falassem apenas a verdade à
vida em sociedade seria muito mais difícil, talvez até impensável. O medo da
punição é provavelmente a causa mais comum para as mentiras. Após fazer algo que
um indivíduo acredita ser reprovável ou passível de castigo a mentira surge
como uma forma de evitar a penalidade.
Leia o
artigo: Como saber se alguém está mentindo para você?
Quando
mentir vira doença: não é necessário ser especialista para perceber
quando o ato de mentir deixa de ser normal e passar a ser patológico. Mentir
sai do âmbito da normalidade, quando deixa de ser algo esporádico e começa a
ser frequente. Mentir passa a ser doentio quando não apenas um, mas todas as
esferas da vida de uma pessoa (trabalho, família, amigos, etc.) são permeadas
pelas mentiras.
Existem pessoas que criam mentiras que tem
a intenção deliberada de enganar outras pessoas, a fim de obter vantagens sejam
elas quais forem. O mais provável é que essas pessoas tenham algum de desvio de
caráter, porém ainda existe a possibilidade de que elas também sofram de algum
tipo de doença.
A doença que
faz mentir
Mitomania ou pseudolalia é o nome dado à condição psiquiátrica ou
desequilibro psicológico, em que o individuo possui o comportamento compulsivo
de mentir. Como compulsão, entendemos o impulso irresistível de realizar
determinado ato, sendo que a força de vontade do sujeito é insuficiente par
impedi-lo de cometer tal ação, da mesma forma que acontece com viciados ou
adictos em álcool ou drogas. Para entender melhor leia:
Para o mentiroso comum a mentira é uma
ferramenta para se chegar a um objetivo, já para mitômano ela é uma espécie de
consolo contra uma realidade negativa ou hostil. Diferentemente do fraudador, o
mitômano acredita nas próprias mentiras, claro que no fundo o mitômano sabe que
o que ele está falando é inverdade, porém este embuste é necessário para que
ele mantenha a sua organização interna, traduzindo: a mentira o ajuda a não
enlouquecer. O mentiroso compulsivo comumente também desenvolve outras
compulsões, comida, sexo, álcool, drogas etc. ele se utiliza desses mecanismos
também com a finalidade de fugir da realidade.
Quais são as
causas da mitomania ou pseudolalia?
Ao pesquisar a literatura da Psicologia e
Psiquiatria, nos deparamos com várias hipóteses de causas para esse transtorno.
Mas estudando melhor alguns casos de mitomania percebemos que ela se assemelha
muito mais a um sintoma a um adoecimento propriamente dito. De modo geral ela
aparece associada a diversos fatores psicossociais e relacionada a transtornos
psiquiátricos como depressão, TOC, esquizofrenia entre outros.
Um histórico
de conflitos familiares é recorrente nos prontuários de
pacientes mitômanos, em alguns casos as mentiras inventadas estão relacionadas
a uma família idealizada, como o caso de uma menina cujo pai era violento era
retratado como carinhoso e que lhe enchia de presentes caros, quando na verdade
sua família era muito pobre e estava impossibilitada de dar tais presentes.
Baixa
autoestima é outro ponto em comum em mitômanos, nesses casos
os embustes estão relacionados a ideias de grandeza, ostentação e proezas
incríveis que o mentiroso diz a respeito de si mesmo. Essas mentiras têm como
objetivo fazer com que o sujeito se senta melhor com si mesmo.
Necessidade
de aceitação também aprece em mentirosos compulsivos. Há casos
em que o mitômano acredita que ninguém irá gostar dele como ele realmente é por
isso ele cria uma autoimagem fantasiosa.
Maquiar uma
realidade difícil inaceitável, como eu
mencionei anteriormente, a mentira pode servir como uma forma de consolo, ou
melhor, uma fuga da realidade para quem tem pseudolalia.
Consequência
desse problema
A mentira tende a ser algo muito mais
nocivo para o mitômano do que para sua “vitimas” um dos motivos é que as
pessoas costumam se afastar do mentiroso, tornando-o um solitário (coisa que
ele mais odeia). Outra questão é que o mitômano por vezes é obrigado a encarar
a realidade da qual ele quer fugir, e por não estar acostumado a enxergar o
mundo real, este lhe parece muito mais hostil e desamparador. Nesses momentos
surge a depressão e a ideação suicida.
Por mais realística que uma mentira possa
parecer ela sempre deixa falhas ou brechas, e por isso o por isso o mentirosos
precisa criar nova inverdades para encobrir suas contradições tornando esse
problema um circulo vicioso difícil de ser quebrado.
Qual
tratamento para a mitomania ou pseudolalia?
O mentiroso compulsivo necessita de
acompanhamento psiquiátrico para tratar principalmente A depressão e a
ansiedade. A psicoterapia vai entrar para trabalhar as causas do problema, a auto
aceitação, o fortalecimento do self e a autoestima
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