FELICIDADE- E POSSÍVEL SER FELIZ (ENTREVISTA COM PSICÓLOGO)
Felicidade – Entrevista
Felicidade – Entrevista ao Correio Brasiliense
1) É possível chegar a uma conclusão sobre o que é felicidade ou esse é um conceito diferente para cada indivíduo?
Creio
que o conceito é o mesmo, o que muda são as crenças quanto ao que
traria felicidade para cada um. Por exemplo, é possível que uma moça
seja totalmente infeliz porque acredita que “precisa” de um namorado
para ser feliz, enquanto que outras moças são incluem o “quesito”
namorado como pré-requisito para felicidade.
2) Podemos ser 100% feliz ou a felicidade também inclui momentos de tristeza? Tudo na vida só existe em contrate com seu oposto.
Imagine
se tudo no mundo fosse da cor verde, e viesse alguém lhe contar da cor
vermelha, você não teria como criar esse conceito em você, nem saberia
se vermelho seria bonito ou desejável. Para você desejar algo você
precisa vivenciar o “não ter” essa coisa – mesmo que essa vivencia seja
obtida observando as outras pessoas.
3) Felicidade é uma coisa que se aprende? Que dicas a sra. daria para alguém que busca a felicidade?
Sim,
a felicidade pode ser aprendida. A primeira dica seria prestar atenção a
que tipo de coisa você está dispensando suas energias. Por exemplo, uma
pessoa pode passar anos se esforçando para obter uma promoção, deixou
cultivar amigos e ter momentos de lazer. Mas quando chega a tal da
promoção ele percebe que continua com o mesmo sentimento de vazio.
Ou
seja, ainda vale aquele velho chavão: Dinheiro não traz felicidade, o
que te oferece esse sentimento de bem estar interno, a vontade de
acordar de manhã e viver a vida são os relacionamentos humanos, tanto o
inter-relacionamento é importante como o se relacionar bem consigo
mesmo, ou seja ser bom em ter amigos e ser boa companhia para si mesmo
também.
4) A psicanálise sozinha pode ser um caminho ou ela deve ser combinada à habilidade pessoal de cada um de buscar mudanças?
A
psicoterapia tem técnicas muito eficientes para que a pessoa “aprenda”
uma nova forma de relacionar com a vida. Mas é claro que toda técnica
sempre utilizará a capacidade básica que cada um tem para aprender, não é
possível instalar um novo “Software em equipamento com suporte
compatível” para tal. O bom psicólogo percebe cada paciente, e
identifica qual caminho especifico seguir para o este paciente.
5)
Nessas pesquisas de satisfação é comum vermos uma quantidade grande de
pessoas que afirmam estar satisfeitas com a vida que levam. É difícil
assumir a infelicidade? Você acha que as pessoas tendem a achar que ser
infeliz é um fracasso pessoal? Por quê?
O
que vejo em nossa cultura judaico / cristã é certo constrangimento em
admitir ser feliz, pois parece “coisa de quem não é sério”. Parece que
as pessoas para serem consideradas precisam ter problemas, dores, ou
passarão a imagem de pessoas “fúteis”.
6)
Existem níveis diferentes de felicidade? Sim, em termos comportamentais
não há nada que seja “tudo ou nada”, as pessoas podem ter todos os
níveis de felicidade
As pessoas são mais felizes hoje do que antes?
O
nível de felicidade não depende de época, mas da percepção que as
pessoas fazem de suas vidas. Eu acredito que hoje temos muitos mais
motivos para sermos felizes. Pense em uma pessoa que viveu na idade
média, por mais poderoso, rico e glamoroso não possuía analgésico,
material de higiene, geladeira ou qualquer destes itens de conforto
acessíveis a um numero muito maior hoje em dia. Mas ainda assim era
possível que qualquer pessoa a idade média se sentisse feliz.
7) O que pode interferir na felicidade de alguém? Por exemplo, dinheiro? Religião? Vida social?
Nada
disso interfere na felicidade. O que interfere é a percepção que de há
algo bom, interessante e desejável em seu futuro próximo. Se você vai ao
cinema assistir a um filme que considera muito bom, você está feliz. Se
compra no mercado um bolo que tem uma “cara linda” você comerá esse
bolo feliz. Se você vai dar uma volta no quarteirão com a sensação de
que isso é uma coisa muito boa de se fazer, pois fará exercícios ou
poderá encontrar algum amigo, você fará essa volta com muita felicidade.
Carolina Samorano
Repórter - Revista do Correio
Correio Brasiliense - Diários Associados
1) É possível chegar a uma conclusão sobre o que é felicidade ou esse é um conceito diferente para cada indivíduo?
Psicólogo:
Creio que o conceito é o mesmo, o que muda são as crenças quanto ao que
traria felicidade para cada um. Por exemplo, é possível que uma moça
seja totalmente infeliz porque acredita que “precisa” de um namorado
para ser feliz, enquanto que outras moças são incluem o “quesito”
namorado como pré-requisito para felicidade.
2) Podemos ser 100% feliz ou a felicidade também inclui momentos de tristeza?
Psicólogo:
Tudo na vida só existe em contrate com seu oposto.
Imagine se tudo no mundo fosse da cor verde, e viesse alguém lhe
contar da cor vermelha, você não teria como criar esse conceito em você,
nem saberia se vermelho seria bonito ou desejável. Para você desejar
algo você precisa vivenciar o “não ter” essa coisa – mesmo que essa
vivencia seja obtida observando as outras pessoas.
3) Felicidade é uma coisa que se aprende? Que dicas a sra. daria para alguém que busca a felicidade?
Psicólogo:
Sim, a felicidade pode ser aprendida. A primeira dica seria prestar
atenção a que tipo de coisa você está dispensando suas energias. Por
exemplo, uma pessoa pode passar anos se esforçando para obter uma
promoção, deixou cultivar amigos e ter momentos de lazer. Mas quando
chega a tal da promoção ele percebe que continua com o mesmo sentimento
de vazio.
Ou seja, ainda vale aquele velho chavão: Dinheiro não traz
felicidade, o que te oferece esse sentimento de bem estar interno, a
vontade de acordar de manhã e viver a vida são os relacionamentos
humanos, tanto o inter-relacionamento é importante como o se relacionar
bem consigo mesmo, ou seja ser bom em ter amigos e ser boa companhia
para si mesmo também.
4) A psicanálise sozinha pode ser um caminho ou ela deve ser combinada à habilidade pessoal de cada um de buscar mudanças?
Psicólogo:
A psicoterapia tem técnicas muito eficientes para que a pessoa
“aprenda” uma nova forma de relacionar com a vida. Mas é claro que toda
técnica sempre utilizará a capacidade básica que cada um tem para
aprender, não é possível instalar um novo “Software em equipamento com
suporte compatível” para tal. O bom psicólogo percebe cada paciente, e
identifica qual caminho especifico seguir para o este paciente.
5) Nessas pesquisas de satisfação é comum vermos uma quantidade grande de pessoas que afirmam estar satisfeitas com a vida que levam. É difícil assumir a infelicidade? Você acha que as pessoas tendem a achar que ser infeliz é um fracasso pessoal? Por quê?
Psicólogo:
O que vejo em nossa cultura judaico / cristã é certo constrangimento em
admitir ser feliz, pois parece “coisa de quem não é sério”. Parece que
as pessoas para serem consideradas precisam ter problemas, dores, ou
passarão a imagem de pessoas “fúteis”.
6) Existem níveis diferentes de felicidade?
Psicólogo:
Sim, em termos comportamentais não há nada que seja “tudo ou nada”, as pessoas podem ter todos os níveis de felicidade
7) As pessoas são mais felizes hoje do que antes?
Psicólogo:
O nível de felicidade não depende de época, mas da percepção que as
pessoas fazem de suas vidas. Eu acredito que hoje temos muitos mais
motivos para sermos felizes. Pense em uma pessoa que viveu na idade
média, por mais poderoso, rico e glamoroso não possuía analgésico,
material de higiene, geladeira ou qualquer destes itens de conforto
acessíveis a um numero muito maior hoje em dia. Mas ainda assim era
possível que qualquer pessoa a idade média se sentisse feliz.
8) O que pode interferir na felicidade de alguém? Por exemplo, dinheiro? Religião? Vida social?
Psicólogo:
Nada disso interfere na felicidade. O que interfere é a percepção que
de há algo bom, interessante e desejável em seu futuro próximo. Se você
vai ao cinema assistir a um filme que considera muito bom, você está
feliz. Se compra no mercado um bolo que tem uma “cara linda” você comerá
esse bolo feliz. Se você vai dar uma volta no quarteirão com a sensação
de que isso é uma coisa muito boa de se fazer, pois fará exercícios ou
poderá encontrar algum amigo, você fará essa volta com muita felicidade.
Carolina Samorano Repórter - Revista do Correio
Correio Brasiliense - Diários Associados
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