TRANSTORNO DE TORETTE.(MANIA DE REPETIR A ULTIMA PALAVRA)

Transtorno de Tourette



É uma doença que já foi por muito tempo mal interpretada pela sociedade, família e escolas. Os portadores deste transtorno, o adquirem na fase da infância. É quando tudo começa, e a vida muda completamente.
Tourette é uma doença neurológica, herdada, com início da infância, cujo mecanismo exato, ainda não foi totalmente estabelecido, mas observa-se um mal funcionamento de uma substancia cerebral que é a dopamina ( neurotransmissor ) que afetam o funcionamento cerebral, principalmente no corpo estriado e no tálamo ( partes do cérebro ).É caracterizada pela presença demotores, que são movimentos incomuns e abruptos, que as crianças repetem sem ter total controle sobre eles ( espirrar, girar a cabeça bruscamente, tossir, piscar os olhos varias vezes… ), com a presença de pelo menos um tique vocal ( pequenos gritos, repetir a ultima palavra de uma frase, falar palavras inapropriadas e de baixo calão ( coprolalia ).
Estes tiques aparecem e desaparecem durante toda a evolução da doença, mas há critérios que tem que ser preenchidos para que o diagnóstico seja feito de formas correta e o mais precoce possível; pois estas crianças muitas vezes são vistas como mal educadas, inconvenientes ou inquietas na escola, pois não conseguem deixar de fazer os tiques. eles podem até suprimir, evitar, por algum tempo, mas o corpo vence e fazer o tique se torna necessário para o alívio emocional, que é parcial, destes jovens.
diagnóstico do Tourette:
  • início dos sintomas na infância
  • presença de um ou vários tiques motores ( movimentos bruscos e inadequados de braços , pernas, olhos, cabeça…)
  • presença de pelo menos um tique vocal (pequenos gritos, repetição de palavras, falar palavras inadequadas para o contexto
  • o portador da doença não pode apresentar um período maior do que 3 meses, sem a presença dos tiques. Já que eles vão e vem.
  • os tiques precisam ocorrer muitas vezes ao dia, quase todos os dias, causando sofrimento e comprometimento da saúde, com início antes dos 18 anos.
Os meninos são afetados quatro vezes mais do que as meninas, e esta incidência reduz na vida adulta.
As crianças descrevem “sintomas sensoriais”, que antecedem os tiques. embora possam reprimir por algum tempo o ato, isso faz com que a tensão neles, aumente cada vez mais, os obrigando a ceder e fazer o tique.
Grandes emoções de alegria ou tristeza podem aumentar a intensidade dos tiques. A concentração em uma atividade estimulante pode reduzí-los.
Etiologia
A grande maioria dos casos de tourette é herdada, ocorrendo um defeito no cromossomo 13, no gene SLITRK1. Os sintomas apresentados pelos pacientes são variados em sua forma e intensidade. um paciente acometido pelo tourette pode transmitir os do genes defeituosos, para seus filhos , numa chance de 50%. A doença pode então se manifestar de forma leve ou não, ou através de comportamentos obsessivos compulsivos ( mais comum nas meninas ).
Pouca das crianças que herdam o gene apresentam sintomas suficientes que justificam a necessidade de tratamento médico.
Algumas doenças causadas pela bactéria estreptococos podem gerar sintomas semelhantes aos tiques do Tourette.  A possibilidade da criança estar com estas doenças deve ser afastada para que o diagnostico seja feito corretamente. também devem ser afastadas outras doenças como distúrbios neurológicos, comportamento estereotipado, distonias, movimentos sem sentido e involuntários como acontecem nos movimentos coreiformes.
Agravantes:
Os pacientes portadores de tourette tem maior chance de apresentar outros problemas associados, como o TOC ( transtorno obcessivo-compulsivo ), e o TDAH ( transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ). além de serem mais propensos a apresentarem dificuldade de aprendizagem, perturbação do sono, comportamento disruptivo, e transtorno do humor, o que complica o caso.
Como descobrir os sintomas em seu filho …. passos que podem ajudar no reconhecimento desta doença:
  • A criança ou o responsável desta deve manifestar a presença de sintomas que antes não existiam
  • deve-se investigar bem as características dos tiques, como duração, inicio do aparecimento ( idade ), presença ou não de tiques vocais associados,
  • Afastar a possibilidade de autismo ou das doenças causadas pela bactéria estreptococos
  • perguntar a criança se ela sente previamente algum sintoma, que a faça saber que os tiques acontecerão ( sintomas premonitório )
  • investigar a presença de sintomas de TOC, TDAH, e a exclusão da possibilidade de transtorno de aprendizagem.
Como tratar…
O tourette é um transtorno que acomete de forma variável cada criança e é extremamente cheio de pequenos detalhes; Por isto conhecer bem sobre a doença é necessário, além de estar disposto a dedicar apoio a criança afetada, que se encontra fragilizada,com medo e sem entender o que estar acontecendo. O diagnóstico feito através de informações claras, prepara os familiares, a criança e o meio social para aceitá-la, reduzindo os sentimentos de humilhação, vergonha, medo e discriminação. Crianças e adultos devem ser esclarecidos, de forma que considerem esta doença de uma forma menos desconfortável, para que a auto-estima destes não seja agredida, e as vezes de forma tão intensa, que possa repercutir em auto-agressão e até tentativa de suicídio destes, por não serem compreendidos pela sociedade, e por isto, serem apontados nas ruas ou rotulados como portadores de algumas influencia religiosa, por exemplo.
No tratamento é essencial atuações que esclareçam sobre as dificuldades emocionais e psicológicas sofrida por estas crianças, por isto é essencial a instrução, informação de pais e crianças, para que eles lidem o a doença de forma menos sofrida, sem preconceitos, ou limitando o potencial da criança de ser produtivo, reduzindo o nível de estresse, a gravidade da depressão ( se houver ), problemas de comportamentos,  e ajudar a diminuir os níveis de ansiedade ou emoção do ambiente.
Pode-se lançar mão de psicoterapia, como forma de apoiar e melhorar os problemas com a auto-estima e outros problemas associados. Ensinar a criança a reverter o hábito do tique, fazendo com que ela se adapte a sempre fazer um movimento oposto em resposta ao tique, podem dar mais confiança e aliviar ou amenizar a manifestações destes tiques. Mas para isto, a criança deve ser bem dedicada.
A orientação de como lidar com uma criança assim, deve ser fornecida aos pais, responsáveis e professores, para que a forma de tratamento não ocorra de maneira preconceituosa ou inábil. Além de facilitar a convivência destas crianças no ambiente escolar e social em geral.
Sobre as medicações, em muitas crianças não se observa a necessidade do uso destas. Mas existe uma gama de medicamentos que podem ser usados, em crianças que apresentem formas graves de Tourette. Isto deve ser discutido de forma clara, tranquila e contínua com o psiquiatra.
Entenda, infelizmente não temos controle sobre doenças que são transmitidas geneticamente. Mas quando presentes, a melhor forma de lidar com elas, é saber exatamente como funcionam, os sinais e sintomas que provocam e entender a situação de sofrimento vivida por estes pacientes  de forma racional, carinhosa, mas não com auto-piedade. Estimule seu filho ! Participe de projetos para que você seja capacitado para lidar com ele. Se necessário, procure ajuda para você, pois só desta forma,  sem preconceitos, medos e pena, você como pai ou responsável pode ajudar estas crianças. muitas chegam a fazer faculdade, e trabalham, convivendo de forma benéfica com os tiques.
Lembre-se: o Tourette pode limitar seu filho de fazer algo, mas não o incapacita necessariamente para viver uma vida saudável. Não seja você o primeiro a colocar obstáculos, pois a sociedade já o faz com bastante rigor. Procure ajuda de um psiquiatra e mantenha o otimismo

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